Uma galáxia de estrelas (de)cadentesA ideia até era bonita, principalmente para os fãs do Real Madrid: criar uma equipa com os melhores jogadores da actualidade. Dinheiro parecia não ser um problema, até porque a nível de marketing e publicidade, grande parte do investimento seria recuperado. Contudo, Florentino Perez, o presidente dos merengues, esqueceu-se que caso falhassem os resultados desportivos, seria uma queda num buraco negro de uma equipa que se auto-intulou de galáctica e que afinal não passa de estrelas cada vez mais decadentes.
Ontem, o Real Madrid perdeu por 3-0 em Lyon!!!! Não se pode tirar mérito aos campeões franceses, que nos últimos anos já mostraram terem uma excelente equipa, mas pode-se e deve-se "atirar pedras" aos madridistas de Vanderlei Luxemburgo que, apesar de se verificar uma mudança na política de contratações galácticas, continuam a acreditar que o símbolo que ostentam ganha jogos por si só. Um desprestígio para o clube histórico e que começou da maneira mais humilhante a campanha na Liga dos Campeões, que está tão habituado a conquistar.
Luxemburgo não convence. Agora que a equipa parece estar um pouco mais equilibrada a nível e jogadores, os resultados continuam a não aparecer (perderam para a Liga espanhola, em casa, 3-2 com o Celta de Vigo, recém-promovido) e dá que pensar que afinal vender Figo, Solari e Samuel não terá sido a solução. Sem Zidane, já "velhinho" mas o único galáctico que ainda vai mostrando qualidades, não há construtor de jogo, depois as alas??? Ninguém! Ronaldo passa a vida lesionado e marca golos quando o "rei faz anos" (e venderam eles Morientes a época passada). As contratações não galácticas, Garcia, Ramos e Baptista sentem o "peso da camisola". Só Robinho, o único reforço que manteve o tal estatuto galáctico, vai mostrando que não importa onde joga, quer é marcar! Mas sozinho é difícil. Beckham... lá que ele é bonito não há dúvida, mas para o caso interessava mais jogar à bola. Contudo, a culpa não é só dele, pois Luxemburgo insiste em colocá-lo a organizar jogo, quando ele rende na direita a fazer aqueles passes teleguiados que são a sua especialidade, para além dos livres. No meio-campo, Gravensen não faz esquecer Makelele e na defesa, qual deles o pior, excluindo Casillas, o eterno inconformado.
O Barcelona agradece, pois tem nova oportunidade para dominar em Espanha e gozar com o seu rival, pois os catalães já mostraram que se querem falar em galácticos, olhem para Camp Nou. Na Europa fica a ameaça do Real ser a chacota da competição. A verdade é que se Luxemburgo "cair" não o pode fazer sozinho, pois a culpa do desprestígio em que o Real Madrid está a mergulhar vai muito além dos treinadores que entram e saiem do clube.