domingo, 11 de fevereiro de 2007

Vergonha
Quando os políticos decidem algo que o povo não gosta, este diz que não pensam no que é melhor para ele. Quando os políticos não têm a coragem de assumir uma decisão, como é o caso da despenalização do aborto, e recorre ao povo, este não aparece! 56% de abstenção é uma vergonha. É menos que em 1998, mas não deixa de ser uma vergonha. O sim ganhou, mas o referendo não é vinculativo porque muito provavelmente aqueles que criticam os políticos não se deram ao trabalho de ir votar quando estes disseram agora decidam vocês.
Mas o sim ganhou e com uma vantagem clara (quase 19%). Será que a classe política, agora que não é obrigada a discutir o assunto na Assembleia da República, vai continuar a ter coragem de não abordar o assunto? É tempo de acabar com uma lei que prende mulheres pela prática do aborto, é tempo de acabar com o impedimento de a mulher decidir, é tempo de acabar com o aborto clandestino, é tempo de acabar com falsos moralismos. Despenalização JÁ!
Não, não sou a favor do aborto. Ninguém no seu perfeito juízo o é. Sou a favor da liberdade de escolha. Mas esta é uma longa discussão e não vale a pena, agora, meter-me para aqui a escrever sobre o assunto. O referendo já lá vai. E agora senhores deputados?

sábado, 3 de fevereiro de 2007

Madonna no seu melhor... outra vez

Quem me conhece sabe que tenho gostos musicais algo díspares. Se sou assumidamente fã do mais puro rock, Madonna é um "ponto fraco". Afinal desde os 10 anos que sigo a carreira dela e já lá vão uns anitos! Estive no concerto do pavilhão Atlântico e lamentei ela não ter regressado a Portugal mas com a Confessions Tour. O dvd da tourné já está à venda e não substituindo a emoção de a ver ao vivo, é melhor que nada. E vale muito a pena. O material de bónus é fraco, mas o concerto brilhante. Claro que senti a falta do Like Prayer, Express yourself ou Vogue, mas também não pode sempre cantar as mesmas. A verdade é que muitas das músicas eram mesmo do último albúm, que resultam muito muito bem ao vivo, como seria de esperar. E para quem gosta Madonna, ela recuperou Like a Virgin e Lucky Star (!), assim como La Isla Bonita e Substitute for love. Claro que não foram esquecidas as mensagens políticas e são muitas, que bem precisam de ser ditas e o impacto de ser num concerto da Madonna pode não mudar o mundo, mas como ela diz: "Se dez pessoas saiem do espectáculo a pensar em fazer o mundo melhor, então a missão foi cumprida". Momento alto? Só podia ser o da cruz. Excelente. Não me surpreende que pessoas de mente pequena fiquem chocadas, mas Madonna não desrespeitou ninguém, apenas foi ela própria. Pensei que até seria mais uma versão de Like a Prayer, mas não, foi uma interpretação arrepiante de Live to Tell, que aqui deixo. Fica também Jump, com a malta do parkour a dar espectáculo. Have you confessed?






PS: Se o video dos Red Hot (que está a disparar quando abrem o blog) estiver ainda a funcionar, desçam um pouco e desliguem primeiro, senão é uma grande confusão!!!!