segunda-feira, 1 de maio de 2006

Depois admiram-se que as raparigas são mais inteligentes que os rapazes!!!!

Portugal: rapazes e adolescentes dominam absentismo escolar
Os alunos absentistas portugueses são adolescentes e maioritariamente rapazes, segundo um estudo que será apresentado num seminário europeu a decorrer em Lisboa quinta e sexta-feira.

A menor incidência de casos de absentismo encontra-se no ensino secundário com 4,9% de situações.
Desenvolvido por investigadores da Universidade Autónoma de Lisboa, o trabalho sobre a realidade portuguesa insere-se num projecto europeu que envolve seis países.
A ideia do projecto, realizado em parceira com o centro de formação concelhio do Fundão, é avaliar do ponto de vista sistémico o absentismo e abandono escolar e a sua relação com a delinquência juvenil.
Co-financiado pelo programa europeu AGIS, que visa estimular a cooperação entre países no domínio da redução da criminalidade, e coordenado pelo Serviço de Atenção Família, em Alicante, Espanha, o projecto europeu conta ainda com a participação da Estónia, Inglaterra, Itália, Suécia.
Todos os parceiros organizam seminários nos seus países onde peritos em vários temas discutem o objecto de estudo do AGIS e apresentam os seus dados e experiências.
Em todos os seminários é partilhado o conhecimento em rede da violência juvenil e suas consequências, destacando o papel das forças de segurança que desenvolvem projectos inovadores.
No seminário que decorrera de 4 a 5 de Maio em Portugal será apresentado o estudo português, mas também exemplos de boas práticas num trabalho em rede entre diversos parceiros para combater o abandono escolar e a delinquência juvenil.
Para a elaboração do trabalho, a equipa portuguesa, liderada por Célia Sales do Centro de Investigação em Psicologia da Universidade Autónoma de Lisboa, convidou as escolas portuguesas a preencher até 15 de Junho de 2005 um questionário confidencial sobre o absentismo dos seus alunos.
Setenta e oito estabelecimentos de ensino dos distritos de Aveiro, Braga, Castelo Branco, Coimbra, Faro, Porto, Santarém, Setúbal, Leiria, Lisboa e Viseu responderam à chamada.
Nestas escolas, 272 professores directores de turma referenciaram 557 alunos absentistas ou em situação de abandono, constituindo estes a amostra que dá sustentação ao estudo a divulgar no seminário, que reúne em Lisboa os parceiros dos outros países do projecto europeu.
Aos directores de turma foi pedido, por exemplo, que identificassem os alunos que faltaram às aulas durante o ano lectivo 2004/2005, os casos que os preocupavam e ainda os alunos cujas faltas eram de tal forma preocupantes que poderiam prejudicar sua vida pessoal e educativa.
Para perceber em que momento escolar o absentismo é mais acentuado, o questionário foi aplicado aos alunos do 1º ao 12º ano e permitiu aferir, por exemplo, que nesta amostra o maior número de estudantes absentistas encontra-se no 3º ciclo de escolaridade (42,3%), seguindo-se o 2º ciclo com 33,5% de casos e o 1º ciclo com 19,2%.
Em declarações à Agência Lusa Célia Sales, explicou que o trabalho pretendeu compreender quem falta à escola e porquê, a relação entre o absentismo e a delinquência juvenil, o que faz a escola para combater esta situação e com que resultados, para que no futuro possam ser desenvolvidos projectos de intervenção à escala europeia.
A força deste estudo, adiantou, está na abordagem do absentismo de uma forma que vai além do número anónimo, uma vez que caracteriza a situação de cada uma das crianças e jovens, do ponto de vista familiar, social e escolar.
Segundo a investigadora, o trabalho não avalia a quantidade de absentismo no país, mas retracta como se produz procurando também caracterizar o tipo de absentismo, a sua gravidade e a evolução ao longo do ano lectivo, assim como as estratégias que a escola experimenta.
Portugal é o país da união europeia com a mais elevada taxa de abandono escolar precoce (41,1%), mais do dobro da média europeia (18,1%).
Segundo um relatório da Comissão Europeia, a situação portuguesa só é ultrapassada por Malta.
in Diário Digital

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