Ridículo
Quando comecei a ler a notícia que aqui deixo pensei que era mais uma história sobre o excesso de automóveis, etc etc. Para minha surpresa, afinal referia-se ao abandono de electrodomésticos e ao efeito que tal acto tem na camada do ozono. Mas será que continuamos a ser um povo tão preguiçoso e ignorante que nem de um simples frigoríficos deitamos fora como deve ser? Bem que se pode dizer que as pessoas não têm vergonha nem respeito... mas será que essas mesmas pessoas estão minimamente preocupadas com isso? Não me parece... É este o legado que deixam!
Portugal emitiu 475 toneladas de gases que destroem ozono
Os portugueses emitiram, em 2006, centenas de toneladas de gases que destroem a camada de ozono ao abandonarem frigoríficos, arcas congeladoras e aparelhos de ar condicionado na rua, alertou hoje a associação ambientalista Quercus.
No Dia Internacional para a Protecção da Camada de Ozono, a Quercus anunciou que, no ano passado, Portugal emitiu para a atmosfera cerca de 475 toneladas de clorofluorcarbonetos (CFC).
De acordo com a associação ambientalista, só foram recuperados cerca de cinco por cento dos CFC's existentes naqueles equipamentos em fim de vida, correspondentes a 24 toneladas.
«Os CFC's estão ainda presentes nos equipamentos mais antigos, pelo que a sua não remoção/tratamento faz com que sejam libertados para a atmosfera, com consequências graves para a destruição da camada de ozono», afirma a Quercus em comunicado.
Contactado pela agência Lusa, o presidente da Quercus, Hélder Spínola, afirmou que o procedimento correcto para as pessoas que têm frigoríficos, arcas congeladoras ou aparelhos de ar condicionado em fim de vida é entregá-los nas lojas ou no sistema de recolha das câmaras municipais.
«As lojas são obrigadas a receber os aparelhos em fim de vida quando vendem um novo e as câmaras municipais têm um dia específico para a recolha de resíduos volumosos. Em ambos os casos, os equipamentos são enviados depois para as entidades gestoras de resíduos de equipamentos eléctricos e electrónicos», explicou.
Contudo, Hélder Spínola ressalvou que acontece, por vezes, que «empresas ou técnicos menos escrupulosos removem os gazes para aproveitar determinados componentes, como compressores, e depois os CFC's perdem-se antes de chegarem à empresa responsável pelo seu tratamento e eliminação».
«Deve, por isso, exigir-se uma fiscalização às câmaras para que não haja interferências no caminho», defendeu.
Apesar de considerar que as pessoas estão «cada vez mais sensibilizadas» para não colocarem resíduos no meio ambiente, o presidente da Quercus tem a esperança que as campanhas de sensibilização em vigor desde Agosto passado contribuam para uma maior colaboração dos portugueses.
«Há dois anos, foram recuperados 1,5 por cento dos CFC's, em 2006 o número foi maior (cinco por cento) e em 2007 será certamente ainda maior», disse o ambientalista.
Ressalvou ainda que o que está em questão são apenas equipamentos antigos e em fim de vida, porque os actuais foram equipados com outros gases, que não destroem a camada de ozono.
«É importante que o trabalho se faça bem porque é neste momento que podemos evitar a libertação de gases que têm consequências gravíssimas para a camada de ozono», afirmou.
in Diário Digital