Bem-vindo Sol
Depois de uma estreia rodeada de muita curiosidade dos leitores, ontem lá consegui arranjar o novo semanário Sol. Certo que a tiragem foi de 210 mil (na primeira semana foi de 128 mil), mas também me parece que a euforia foi menor. Há algum tempo que esperava com expectativa a chegada do Sol às bancas. Não desgostei do jornal. Tem uma imagem similar ao remodelado Expresso (o facto de alguns dos responsáveis pela nova imagem do histórico semanário se terem entretanto mudado para o Sol não deve ser esquecida), os conteúdos são bons e não seria de esperar outra coisa (afinal o objectivo é fazer concorrência ao Expresso). Porém, há algo que não me agrada: o excesso de cor. É um autêntico exagero. Vermelho numa página, azul noutra, e sei lá mais que cores aparecem. Descaracteriza o jornal e, sinceramente, faz-me lembrar os sensacionalistas.
Ainda não dei atenção à revista, mas concordo com a opinião de terceiros que o nome Tabu é sugestivo, e quando aparece a Manuela Moura Guedes naquela pose... bom, não ajuda. Quanto à edição de negócios... não percebo muito do assunto, por isso abstenho-me de comentários a essa parte do jornal.
Desejo boa sorte ao Sol. O Expresso há muito que precisava de uma concorrência, pois acho que estava a cair na banalidade (o Semanário há muito que é um jornal esquecido da imprensa portuguesa e já não deve durar muito mais), e nada melhor do que o seu ex-director para preparar uma boa "luta" com o seu antigo jornal.
O Sol vangloriza-se de não estar ligado a nenhum grupo económico. Prega a independência. Quanto a isto, as coisas não são bem assim, a ver quanto tempo resiste à tentação de se "vender". Afinal, neste país a utopia não passa disso mesmo...
Uma referência ao site do jornal. Gostei muito. É bom ver que os "estreantes" sabem o que andam a fazer nesta importante era digital, pois há uns "velhinhos" que continuam à margem das novas tecnologias!
1 Comentários:
Confesso que há pouco, quando estive a ver as fotos, fiquei curioso em relação ao teu texto sobre o Sol. Só não o li de imediato porque estava em casa de um amigo para jantar e a tratar de mais umas coisas no computador – tudo por causa do MotoGP –, mas também confesso que com o tamanho do artigo e o logo (de Verão, que entretanto já deve ter mudado de cores) pensei que o teor fosse outro.
Mas a verdade é que não resisti. E fico contente por ver que realmente são mais as pessoas que conheço que não gostam do jornal que o contrário. Consegui comprar as duas primeiras edições, e apesar de concordar com a tua crítica da proliferação de cores, acho que o problema é mesmo qualidade do conteúdo. Li as gordas, as menos gordas, as entradas e mais umas quantas linhas de alguns artigos e não me lembro de nenhum em que tenho conseguido chegar ao fim.
Tens razão! É demasiado estilo sensacionalista para um semanário que quer fazer guerra ao Expresso (ou “Expeço” como lhe chamam os magníficos loucos do Contra Informação – agora fez dieta, vão ter de arranjar outro nome), mas não tanto pelas cores, mais pelos textos. Só gostei das sondagens.
Beijos
Miguel Fonseca
Enviar um comentário
Subscrever Enviar feedback [Atom]
<< Página inicial