sábado, 24 de dezembro de 2005

Crise que já ninguém esconde
Esta crise que afecta o futebol chegou a um ponto há muito previsível, mas que pouco se vez para evitar. O Vitória de Setúbal é a face mais conhecida do drama, não só pelo historial do clube, mas porque está presentemente na Liga principal do futebol português. Contudo, Estoril Praia e Ovarense são dramas que ganham contornos preocupantes, já para não falar daqueles que "cederam" às dívidas e colocaram um ponto final no futebol profissional: Farense, Felgueiras, Maia, Campomaiorense...
O que se passa com os sadinos é absolutamente inadmíssivel. Aquele presidente, Chumbita Nunes, não tem passado de um mentiroso, que enquanto uns quase passam fome, ele tira o seu dinheirinho e mantém os seus luxos. O Record publicou ontem uma entrevista com Dembélé, o primeiro jogador a bater com a porta no Vitória. O médio não poupou elogios ao clube e seus apoiantes, mas disse umas verdades como há muito que não se via. Chumbita não passa de um agarrado ao poder, pois se colocasse os interesses do clube à frente dos seus, já teria admitido o óbvio: não ser capaz de resolver o problema. Solução? Depois de tanto tempo só resta uma: sair. Mas não. Ele lá continua, os jogadores é que não...
O Estoril Praia tem também recebido alguma atenção dos media. Se se pode apontar erros à gestão de António Figueiredo, uma coisa não se pode criticar: pelo menos sempre admitiu a crise e impotente para a solucionar ficará no cargo até que o tal grupo de investidores assume definitivamente o controlo da SAD. Só se espera que o dinheiro chegue rapidamente. O Estoril não merece acabar.
Ovarense é um caso trágico/cómico. A situação económica deixou alguns jogadores em muito má situação. Sucederam-se as rescisões ao ponto de só haverem dois suplentes, ambos guarda-redes (!). Depois a direcção dá uma de autoritária e despromove o capitão só porque este deu uma entrevista. Custa ouvir as verdades!
Enfim, já começa a tardar medidas para o salvamento de alguns clubes, pois a julgar pelo crescente de dívidas, os emblemas mais "pequenos" irão apostar, quanto muito, nos jovens. Futebol profissional ficará para aqueles que se podem endividar à vontade - Benfica, Sporting, FC Porto...

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