Filhos da pátria, filhos da mãe
Em Inglaterra continua o lento processo de regressar à normalidade. Mais de uma semana depois dos atentados, nas ruas de Londres ainda estão espalhadas as fotografias daqueles que, muito provavelmente, pereceram, mas alguns dos corpos ainda não foram identificados. No entanto, já não bastava os ingleses terem sido atingidos num dos seus maiores orgulhos, os transportes públicos, principalmente o metro - o famoso "underground" que até t-shirts tem com o seu símbolo - a notícia de que os bombistas suícidas eram de nacionalidade inglesa foi mais um golpe duríssimo no orgulho britânico. O primeiro ministro Tony Blair é a voz do inconformismo do país, que se recusa a acreditar que três dos autores dos atentados eram ingleses, ainda que de origem paquistanesa. A vingança não se fez esperar, pois Blair ameaçou que banirá do país qualquer que pessoa que incite à violência. Certamente que nada será assim tão simples, contudo, simples será o ódio que muitos poderão vir a sentir ao ver indivíduos de outras nacionalidades, nomeadamente de origem árabe. Facto: morrerão quase 60 inocentes devido a uma guerra que não é a deles. Facto: os bombistas não tiveram piedade. Facto: não se pode esperar que se esqueça as atrocidades e se siga em frente, sem que haja o sentimento de retaliação. Facto: nem todos os árabes são assasínios. Facto: há que colocar todos os esforços na guerra contra o terrorismo e não em guerras por controlo de outros monopólios, que todos sabemos quais são. Facto: esta última frase provavelmente nunca passará de uma mera utopia...
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